FORA DE MODA

Se não estivesse fora de moda, ia falar de amor,
Daquele amor sincero, de olhos nos olhos,
De frio no coração, aquela dorzinha gostosa,
De ter medo de perder tudo,
Daqueles momentos que só quem amou,
Um dia conhece bem a vontade de repartir,
De conquistar todas as coisas boas da vida,
Mas não para retê-las no egoísmo da posse,
Mas para doá-las no sentimento nobre de amar,

No sentimento de amor maior que vem de Deus.

Se não estivesse fora de moda, ia falar de sinceridade,
Aquele negócio antigo de fidelidade,

Fidelidade ao cônjuge, ao amigo e a Deus,
Respeito mútuo e outras coisas que deixaram de ter valor,
Aquela sensação que embriaga mais do que bebida forte,
Que é ter numa só pessoa a soma de tudo,
Que às vezes procuramos em muitas outras,

Mas só a encontramos Em Deus,
A admiração pelas virtudes, a aceitação dos defeitos,
O respeito a individualidade, que julgamos nos pertencer,
Mas que cada um tem o direito de possuir.

Se não estivesse fora de moda, ia falar de amizade,
Na amizade que deve existir entre pessoas que se amam,
O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelo outro,
A união além do sentimento, a dedicação para depois amar.

Se não estivesse fora de moda, ia falar em família,
Essa instituição que ultimamente vive a beira da falência,
Sofrendo violentas agressões, mas protegidas pelas bênçãos divinas,
Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada,
A fonte de descanso e a renovação das energias,
Realização da mais sublime missão humana,
Sequência da obra do nosso criador.

Se não estivesse fora de moda, ia falar de felicidade,
Mas é pena que ela como tudo nesta terra,
Estejam fora de moda e tenham dado o seu lugar,
Ao modismo da civilização, ainda assim eu gostaria
Que a sua vida fosse repleta destas coisas,
Tão fora de moda, mas que sem duvida,
Na nossa vida faz a diferença.